Eu tinha me reconciliado com Deus havia poucos meses. Estava grávida do meu filho caçula e tive uma crise fortíssima de bronquite asmático. Não podia tomar nenhum remédio por causa do bebe. Os médicos já haviam me dito que não existia cura apenas tratamento para aliviar as crises que eram frequentes. Nesse dia, por volta do mês de maio de 1991, eu percebi que não viveria. Comecei então a agradecer a Deus por tudo que ele tinha feito na minha vida me dando a oportunidade de voltar a ter comunhão com ele e agradecer pelo fato de não deixar um recém nascido para meu esposo cuidar. Pedi então a Deus que preparasse uma esposa melhor para ele e que cuidasse bem tanto dele como do meu filho mais velho que tinha apenas sete anos. O meu esposo, novo convertido e meu filho estavam no quarto ao lado do meu lendo João 17 e orando por mim enquanto isso eu esta largada, já quase sem ar nenhum, o bebe já havia parado de se mexer muito tempo. Foi aí então que eu, de olhos fechados, ainda orando, senti quando tocaram minha mão, pressionando-a com um dedo, abri os olhos e percebi que continuava sozinha. Logo meu esposo e meu filho entraram no quarto para saber se eu estava bem. Me perguntaram se tinha ido atá a cozinha e eu disse que não, então eles me disseram que tinham ouvido um barulho no copo em cima da pia. Perguntei a eles se não tinham entrado no quarto antes e me disseram que não. Contei o ocorrido e resolvi me levantar para ir até o banheiro. Voltei para a cozinha resolvi fazer alguma coisa para comermos e continuei cuidando da casa e me esqueci da crise de asma me lembrando só na hora em que me preparava para dormir e encontrei a pilha de travesseiros onde eu havia me encostado tentando respirar. Isso já fazem 19 anos. Nunca mais tive nem uma crise asmática. Quando algo se torna impossível ao homem Deus entra com a providência. Glória a Deus que não abandona os seus filhos.
Jane Sampaio Marinho